quarta-feira, fevereiro 18, 2009

É engraçado ...


... ver como o mundo muda a cada segundo que passa. Prioridades que se assemelhavam, caiem por terra, como se o mundo fosse mesmo acabar !

... encontrar as diferenças como se um jogo fosse. Perder as semelhanças, como se o espelho para onde olhas, estivesse partido, e tudo o que lá está são fragmentos. Peças de puzzle perdidas, que sozinhas, não fazem nada.

... não querer procurar mais semelhanças. Sentirmo-nos como um fardo que algumas pessoas parecem não querer carregar.

... sentir que estas desilusões, são apenas mais umas, e não aquelas que nos fazem chorar.

... olhar para trás no tempo, e não querer que ele volte, mas sim que fique como está.

... sentir que já não vale a pena, empunhar a espada da igualdade, quando a diferença começa em quem está mais perto de nós.

... pensar que não me fazem falta nenhuma. Não como já fizeram à um derramar de lágrimas atrás.

... ver o mundo com um caledoscópio só nosso, e que mais ninguém entende, mais ninguém percebe. As cores e as formas são só nossos, e nem te apetece partilhar.

... sentirmo-nos egoistas, e esse sentimento ser o mais seguro deles todos. Ser essa a rede que nos dá a segurança necessário.

... como nem se responde a provocações, ou tentativas, para que a conversa não dê pano para mangas.

... como me fartei disto tudo, e este texto, embora pareça que gosto de me massacrar, e de "martelar" nas mesmas teclas, eu encaro como uma expiação.


Encerro assim este capitulo da minha vida. Fecho o livro. Até poderia apagar a luz e tentar dormir, mas prefiro preparar-me para iniciar outro livro, outra história, em que a personagem principal tem tudo aquilo que merece, e tudo aquilo por que lutou. Nem que seja apenas nos meus sonhos ... Mas um dia será dado como certo !



segunda-feira, fevereiro 16, 2009

3abet

"Zavet" ... "Promise me this" ... Ou simplesmente "Promessas" ...

Mais uma longa-metragem de Emir Kusturica, desta vez com lançamento directo para DVD (pelo menos cá, assim foi ... )

Depois de uma desilusão com "A Vida é um Milagre", em que apenas a banda-sonora e a fotografia pareciam merecer destaque, longe de guloseimas como "Underground" e "Black Cat, White Cat", em que apesar do caos vivido, as histórias deliciam-nos, prendem-nos, e fazem-nos sorrir, eis como Emir Kusturica, decide voltar a deliciar-nos com um filme non-sense, em que tudo parece impossível de acontecer, e com a mesma alegria na música, que faz com que os pés não parem quietos ... e côr brutal ...
Tsane (Uros Milovanovic), é "obrigado" a sair da aldeia onde vive ele, o Avô (Aleksandar Bercek), e a sua Professora Bosa (Ljljana Balojevic), e com a sua saída da Aldeia, Tsane, tem que cumprir o prometido ao seu Avô ... Acompanhado por Cveka (uma vaquinha), Tsane, tropeça na cidade e conhece Jasna (Marija Petronijevic). Desde o inicio do filme, que não nos esquecemos que as promessas são para cumprir ... Outra personagem que nos alegra, e que nos faz sorrir, é Topuz (Stribor Kusturica), em que filho de peixe, sabe ....voar, andar, nadar ....Não é só na orquestra do Pai, que Strobur mostra que sabe o que faz ...



Desde bandidos, a animais perseguidos, a acção desta metragem, passa por tudo o que mais descabido que poderiamos imaginar ...








Vale a pena ver ... e ter !