Sempre quis ter a capacidade de publicar algo
suficientemente sério… E hoje, acho que me deu para isso.
Sentimentos…
Acredito que tudo que faz o nosso coração
bater, e sentir, é bom.
Faz-nos “existir”, e isso faz com que não nos esquecemos
que somos Humanos, e com que sejamos Humanos uns com os outros.
Sou Feliz. Olho à minha volta e pode se dizer que sou mesmo
muito Feliz. Tenho uma Família digna de uma série de doidos… Verdade!
Lembram-se de uma série que existia que era a “Irmãos e Irmãs”? É mais ou menos
isso, mas sem o casalinho Gay… e somos menos, acho eu…
Podia descrever a minha família, mas isso só vos iria fazer
invejá-la, pelo funcional, disfuncional que é… Mas eu Amo do fundo do coração a
minha família. Não a trocava por nada desde mundo. Gosto dela, tal e qual
assim! Adorava ter uma casa gigantesca para os reunir todos, sempre! Porque
todas as vezes que estamos juntos, não é suficiente, e falta sempre alguém. E
há aquelas pessoas que não são família de sangue, mas são família de coração, e
estão connosco sempre, e amo cada segundo…. Amo de verdade…
Mas tal como na série que falo, também este “post” existe
por causa de uma morte… da morte do meu Pai. E essa morte que me afecta. Está a
chegar mais um aniversário, e por mais que eu ache que fica mais fácil, a
verdade é que não fica, e a saudade existe, e aumenta, aumenta, aumenta, e hoje
é um dia em que essa saudade não cabe no peito.
Hoje dói especialmente.
Hoje apetece-me chorar porque tu não
estás aqui para me abraçar como sempre fizeste. Hoje não estás aqui para rir à
gargalhada comigo, só porque nos apetece.
Eramos assim parvos, os dois juntos….
Lembras?
E é disso que eu tenho mais saudades.
Da nossa parvoíce pegada.
De acordarmos os dois cedo, ao sábado, e irmos a casa da minha irmã, obriga-la
a sair da cama, só porque sim. Só porque estávamos aborrecidos em casa, e queríamos
espalhar a nossa parvoíce.
Porque não posso ver os “Saw’s” contigo, depois de jantar, e
claro que não foi a melhor ideia do século. Mas acabamos por rir feitos parvos
de novo, porque os filmes são nojentos, e mal feitos. E era tão melhor gozar
com os filmes, em vez de os ver como se fossem algo de jeito, a comermos “Kinder
Surpresa” como se não houvesse amanhã….
Porque já não posso gozar contigo, porque passaste com o
carro por cima do teu computador portátil, e com isso obrigaste-nos a fazer uma
lista das coisas mais ridículas que fazias, mas céus, como adorava assistir a
todas…
Ou como daquela vez, em que íamos juntos para os empregos, e
o Senhor do café, achava que tínhamos um caso, e tratava-me mal, quando eu ía
ao café sozinha. E só me passou a tratar bem, quando fomos lá com Mãe, e o
Senhor do café percebeu que eu era tua filha, e não a “Biscate”…
Céus… Tenho tantas saudades…. Tantas saudades de ti… de rir
e chorar contigo… de te abraçar, e de tu tentares não mostrares emoções comigo,
porque vá…. Eu era só a tua filha mas nova, e tinhas que tentar mostrar algum
respeito.
Lembro da vez que fumei pela primeira vez à tua frente, e
tu, mesmo sendo fumador, ficaste tão zangado comigo, que me viraste as costas e
não me falaste durante um bom bocado. E depois perdeste toda e qualquer
oportunidade de me manter nessa, quando me cravaste o primeiro cigarro, porque
a preguiça era maior, e não te apetecia nada ir ao café comprar mais….
Custa-me que não conheças o meu filho. Que nunca o tenhas
visto. Que não estragues com mimos. Que não lhe ensines os teus truques de magia.
Oh meu deus, que são péssimos, e tão óbvios…
Sei que sabes que sou Feliz.
Sei que sabes que tenho saudades tuas!
Sei que sabes que te Amo daqui até à Lua!
Sei que sabes que dava a minha vida para te ter aqui de
novo, o que é um bocado estúpido, porque assim não estava aqui eu, e era a
modos que um desencontro.
“Onde estiveres, eu estarei lá. Sempre a teu lado do lado de
cá….”