Hoje

... as manifestações de Amor andam ao rubro. Se por um lado não entendo este mundo do "São Valentim", a correria às flores, e aos jantares românticos, existe um outro lado meu que gosta de ver as manifestações de Amor lamechas que os Amores andam a espalhar pelo ar. Terei sido contagiada ?

Acredito que não, porque celebro o Amor todos os dias. Acredito no Amor (embora não pareça...) e vivo o Amor todos os dias.

Mesmo quando me apetece enfiar berbequins pelos ouvidos de determinados Seres Humanos, continuo a acreditar no Amor. A Morticia era perdida de Amor pelo seu Raúl. Mesmo os Seres mais macabros, amam, e gostam de ser amados (sim, dá para fazer um trocadilho, mas poupem-me à facilidade do mesmo)... 

O Amor deve ser celebrado todos os dias. As flores deveriam ser compradas por um acaso, ou colhidas num quintal qualquer, e não só hoje, e nos aniversários. As surpresas ao Amor deveriam ser mesmo surpresas, e não só em alturas em que se está à espera que nos surja algo à frente (gostava que aparecesse um senhor vestido de ursinho carinhoso, com um cestinho de empadas de vitela.... isso era uma boa surpresa!!!! Fica a dica! Nudge, nudge, wink, wink...)

O Amor vive-se nas mais pequeninas coisas. No beijo de um filho, no abraço do nosso parceiro, no beijo na testa dado pela nossa Mãe... Numa mesa de jantar de família, em que todo o mundo está junto, e gostam uns dos outros verdadeiramente. Com falhas e qualidades...

O Amor é o amor, e não é só hoje. É todos os dias. No dormir de conchinha. Na piada que nos faz sorrir, quando tudo o que nos apetece é chorar. No abraço forte, que nos dá a segurança de um forte. No olhar intenso que diz tanto, tanto, num silêncio nocturno.

O Amor é todos os dias. Somos frutos de Amor. Sejamos Amor...